Fator de demanda – Saiba o que é e como funciona!
Olha só, eu tenho uma pergunta para te fazer! Mas, afinal, você saberia me dizer na lata o que significa fator de potência e fator de demanda?
Agora, se você ainda fica na dúvida sobre quando utilizar o fator de potência e quando utilizar o fator de demanda ou na hora do dimensionamento, não sabe o que fazer no quadro, este conteúdo vai te ajudar nisso.
Vamos lá?
O que é fator de demanda?
O fator de demanda é a razão entre a demanda máxima de potência registrada e a potência instalada na unidade consumidora. Sendo assim, é uma constante utilizada no dimensionamento elétrico para prever o consumo real.
Ou seja, os fatores de demanda são fornecidos pela concessionária de energia, geralmente em tabelas. No exemplo, usamos a Tabela 11 para calcular o fator de demanda com base na carga instalada.
Em outras palavras, de acordo com a Resolução Normativa nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL):
O fator de demanda é a razão entre a demanda máxima de potência registrada num intervalo de tempo especificado, ou potência de alimentação, e a potência instalada na unidade consumidora.
Sendo assim, podemos dizer que é um meio termo entre o pico de consumo que uma casa vai ter e a carga instalada nesta casa.
Exemplo prático de como calcular fator de demanda
Realizando a demonstração prática de como calcular esse fator e ajustando os cálculos de acordo com a tabela fornecida pela concessionária, podemos tirar algumas conclusões.
Uma delas é que o fator de potência é a razão entre a potência ativa e a potência aparente. Ou seja, ele indica a eficiência elétrica de uma instalação, sendo regulamentado para manter-se próximo a 0,92.
Desse modo, a legislação exige que concessionárias e unidades consumidoras mantenham o fator de potência próximo a 0,92. Empresas muitas vezes utilizam bancos de capacitores para correção do fator de potência.
Mas, se ainda restou dúvidas de como calcular fator de demanda, veja como pode fazer isso usando o fator de potência no próximo tópico.
Como calcular fator de demanda aplicando fator de potência?
No mundo do dimensionamento de projetos elétricos, é essencial seguir as diretrizes específicas estabelecidas pelas concessionárias de energia. Isso porque, são essas diretrizes que, normalmente, guiam os projetistas na elaboração de cálculos precisos e eficientes.
Desse modo, o objetivo é evitar o superdimensionamento das instalações elétricas, uma prática que, além de custosa, é desnecessária.
Bom, tomemos como exemplo a Tabela 11 da ND 5.1 da CEMIG, a concessionária de energia em Minas Gerais. Sendo assim, esta tabela é crucial para o cálculo do fator de demanda, que se aplica tanto para iluminação quanto para tomadas em ambientes residenciais.
Outro aspecto interessante é a relação inversa entre a carga instalada e o fator de demanda: à medida que a primeira aumenta, o segundo diminui. Por exemplo, para uma carga instalada entre 1 e 2 kW, o fator de demanda aplicável é de 0,81.
No entanto, se a carga instalada fica entre 5 e 6 kW, o fator de demanda cai para 0,64. Ademais, a tabela traz notas adicionais sobre tipos específicos de lâmpadas.
Portanto, uma observação notável é a Nota 3, que destaca a necessidade de considerar um fator de potência de 0,92 para circuitos de lâmpadas de descarga e fluorescentes, bem como para circuitos de tomadas. Este detalhe é fundamental para o cálculo preciso do fator de demanda.
Aplicando os cálculos
Agora, vamos entender como esses cálculos são aplicados na prática. Bom, suponhamos que temos uma carga total de iluminação fluorescente de 1000W e uma carga total de tomadas de uso geral de 5000W. Isso totaliza uma carga instalada de 6000W.
No entanto, antes de prosseguir, é essencial aplicar o fator de potência mencionado anteriormente, resultando em um valor ajustado de 6522W. Com base nesse resultado, consultamos novamente a tabela para determinar o fator de demanda apropriado.
Neste caso, com uma carga entre 6 e 7 kW, o fator de demanda é de 0,60. Multiplicando 6522W por 0,60, obtemos uma demanda final de 3913W.
Esse resultado é significativamente menor do que a carga instalada original, ilustrando a eficácia desses cálculos para evitar o superdimensionamento e garantir a eficiência do sistema.
Conclusão
Em resumo, agora que você entendeu um pouco mais sobre como calcular o fator de demanda, outra coisa que precisamos pontuar é eficiência desse tipo de serviço.
Ou seja, uma aplicação cuidadosa destas diretrizes não apenas economiza custos, mas também assegura a eficiência e conformidade dos projetos elétricos com as normas das concessionárias.
Um trabalho bem feito e seguro é tudo o que o seu cliente precisa, por isso, não perca mais tempo e se aperfeiçoe nas normas regulamentadoras do setor elétrico.
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